sexta-feira, 28 de agosto de 2009

É tempo de me fazer, eu sei.

Uma vez no programa Roda Viva em 1991, Caio Fernando Abreu junto com outros jornalistas para entrevistar e homenagear a grande escritora Raquel De Queiroz. Durante o programa, disse que estava muito constrangido de estar ali porque concluía que a escritora tinha colaborado de forma muito negativa para o País, o que chocou a todos. “Estou me sentindo extremamente constrangido de estar na posição de render homenagem a um tipo de ideologia que eu profundamente desprezo”.

"...Ela é exatamente como os seus livros: transmite uma sensação estranha, de uma sabedoria e uma amargura impressionantes. É lenta e quase não fala. Tem olhos hipnóticos, quase diabólicos. E a gente sente que ela não espera mais nada de nada nem de ninguém, que está absolutamente sozinha e numa altura tal que ninguém jamais conseguiria alcançá-la..."
trecho de uma carta de Caio F. para Hilda Hilst sobre Clarice Lispector .

Continuo na dúvida de quem é Caio F. Um burguês decadente, um invejoso, um furacão de palavras, uma necessidade, uma ajuda, uma ferida aberta.



João Henrique

2 comentários:

  1. Um ótimo escritor ;p
    Li dois livros dele e adorei.
    E talvez tbm seja tudo isso junto.

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  2. Caio era de mais, ele só não era hipócrita de ficar escondendo o que ele achava das pessoas.

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